quarta-feira, novembro 29, 2006

Companheira ...

Poema do cão


"Eu sou aquele que te espera.
O teu carro tem um som especial e eu posso reconhecê-lo entre mil.
Os teus passos tem um timbre de magia, eles são música para meus ouvidos.
A tua voz é o sinal maior do meu momento feliz. E às vezes TU nem precisas falar...
Eu ouço a tua tristeza, eu sinto a tua alegria. Como isso me faz feliz!
Eu não sei o que é cheiro bom ou mal. Só sei que o teu cheiro é o melhor.
De algumas presenças eu gosto. De outras, não! Mas a tua presença é a que movimenta OS meus sentidos.
Tu acordado me despertas. Dormindo és meu Deus em repouso. E eu velo teu sono. Teu olhar é um raio de luz quando percebo teu despertar.
As tuas mãos sobre mim tem a leveza DA Paz. E quando TU sais, tudo é vazio outra vez...
Eu volto a esperar sempre e sempre.
Pelo som do teu carro.
Pelo teus passos, pela tua voz.
Pelo teu estado às vezes inconstante de humor.
Pelo teu cheiro.
Pelo teu sono sob minha vigília.
Pelo teu olhar, pelas tuas mãos.
Eu sou feliz assim... EU SOU TEU CÃO."

quinta-feira, novembro 23, 2006

Amor próprio



O amor próprio

Procurando esquecer

Mas á força

De morrer!

*

Estripar coração

Pela chaga

Da comiseração!

*

Mordedura de cão

Nem dói

Como no ónibus o abanão

*

Rastejar no chão,

Adormecer

Ou aceitar tua mão?

*

Beber, beber

Até mais não

Me trás mulher

*

Uma qualquer

Me esqueço

Sou anymal, mereço!

*

Revolta da vida

A culpa é do outro

Somente eu padeço...

*

Resto de mim,

Bocado de nada

Será que sou assim?

*

Na droga o sonho

De quatro ai de mim

Porque sou panhonho...

*

Mas onde estou??

Porque me estafo?

Para onde vou??

*

Eu tenho estrelas!?

Ah Sim...estão aqui.

Já sei por onde não vou!
Me bastou pensar em ti

*

Eu sou...

Não vou

Não quero

NÃO!!

Mendigo de amor

De korno, a dor??

Eu?? Não!

*

QUE TENHO VALOR!!


(Mª N B)

Em caso de aflição:

http://www.revistaandros.com.br/esquecer.html

quinta-feira, novembro 16, 2006

Esperar é não desistir nunca

Prossigamos

Toda via prossigamos!
Seja de que maneira for!
Saiamos a campo para a luta, lutemos, então!
Não vimos já como a crença removeu montanhas?
Não basta então termos descoberto que alguma coisa está sendo ocultada?
Essa cortina que nos aculta isto e aquilo, é preciso arrancá-la!


- Bertolt Brecht -


Na foto: onde vivo e vos convido.

segunda-feira, novembro 06, 2006

Sepulta teu coração


"Um dos efeitos do medo é perturbar os sentidos e fazer com que as coisas não pareçam o que são."
(Miguel Cervantes)

O dia 30 de Janeiro de 2006 foi um dia normal e com notícias esperadas de amigo que iria ser caloiro na faculdade de Filosofia.
A notícia já se sabia. Está lá na internet mas foi com enorme alegria que avisei todos os amigos: seria 4 de Fevereiro o dia de nosso amigo ser promovido. Ia começar a realização de seu sonho.
E todos deramos conselhos porque isto de ser um novato na Universidade assusta qualquer um.
... ... ...
Mas algo de estranho se passou.
De repente SOS e todos em pulvorosa: cadê o amigo, cadê?
Foram dois dias de preocupaçãp para nós, telefonando para tudo que era hospital.
... ... ...
Aqui vou saltar porque estas coisas são íntimas e a fidelidade a amigo para mim é válida. Até à morte. Nem vale a pena falar...porque tudo está gravado em blog e em Print Screen.
... ... ...
...A semana passada demos com uma declaração de ódio do nosso amigo num blog de que é dono!!
Estranho?? Bem eu com meu 7º sentido não queria acreditar no que o coração me dizia já desde Março de 2006: algo de grave se passara porque não pode alguém em 36h dar uma volta de 180 graus e ainda por cima sendo adulto e inteligente.
Na véspera da declaração de ódio, tinha este moço escrito que quem comentava era drogado, usava alucinogéneos, maconha. Conversa estranha para se comentar um poema. Ora um poema ou se gosta ou não mas insultar nunca se vira tal.
Sendo que, de filosofia e de psicologia, sei o essencial falei com professores de Universidade e um deles até comentou no blog. Mas o moço claro que apagou.
Este apagar já era para esconder algo que de verdade era ali dito: que se ele odiava é porque ama essa pessoa e a tinha em elavada consideração.
Seguiram-se discussões em comunidades de psicologia, filosofia e psiquiatria e aqui venho vos comunicar o que aprendi, ou melhor, recordei dos bancos de liceu qd se falou de emoções e de sentimentos.
Este assunto deu tb para fazer plano e estratégia para aula de afectos/sexualidade de moços de 15 a 18 anos.

Infelizmente aquilo de que suspeitávamos apenas se tornou realidade: amigo tinha sofrimento atroz e apenas vira como pedir socorro aquele modo. De onde viera aquele transtorno de personalidade notado desde Janeiro? Já não havia dúvidas.
Crime foi cometido e por nós jamais esquecido, ou no meu caso, sequer perdoado.
Assistia em retrospectiva aos horrores que aquele ser tinha provado e que dera este desenlance: culpar os outros pelas suas dificuldades. As noções negativas que lhe foram incutidas faziam-no atribuir a pessoas ou situações motivações malévolas que na verdade não passam de projecções de seus próprios temores. Ainda que não haja evidências apoiando esta ideia.
Perante as explicações e discussões quis saber se aquilo ao menos q escrevera lhe fizera bem. Que não, não serve de catarse mas sim de um acirrar de maior dor.
Nunca poderá ser completamente feliz com aquele terror, fantasma em seu íntimo. Ninguém pode fugir toda a vida e aquele trauma pode sempre surgir em momentos de stress de sua vida.
Penso como sempre pensei: que tudo tem solução e apenas uma conversa a dois em local público, olhos nos olhos, se pode saber quem é quem e o quê de tanta aflição naquela mente.
Enquanto tal não suceder aquele moço tomou cicuta na esperança de que o outro morresse.
Mas a morte pode ter muitos aspectos sendo que o facto de ser adulto lhe dá um valor de difamação.
Porque apenas eu escrevo isto e os outros não? Porque os outros quando viram o comportamento pós Janeiro o mandaram passear. Nem sequer o conheciam pessoalmente. Aquilo não era amigos deles e portanto já nem seu conhecido lhes era.
Na minha fidelidade de amigo permaneci à distância. NUNCA lhe falara desde essa altura mesmo desde o dia da ameaça de morte que recebera de um parente.
E agora se analisa: cadê os amigos dos bancos de escola? onde estão os verdadeiros amigos?
A solidão é terrível e eu tenho uma imensa pena.
Como se tivera irmão condenado á morte. Esta a mais lenta de todas e na continuação da tortura.
E eu que pensara que podia morrer agora por o imaginar feliz. Afinal houvera crime!
... ... ...
Sim estarei sempre aqui e sou amigo mesmo para além da morte. Nunca me ensinaram a odiar. Benditos pais que me educaram. E também me disseram que a Amizade é sinónimo de fidelidade e o esencial é compreender amigo.
Em quem penso agora, neste instante?

Numa cadela chamada Nica!

... ...
...
Não estaria aqui a falar se não nos tivessemos de defender.
Por isso apenas o essencial. O resto está num livro sobre esta vida e que se está a escrever.