quarta-feira, março 30, 2005

Um amor infeliz!?

Hoje recebi a carta de meu amor distante. Foi receio ao abri-la...foi pudor. Era como se nossa alma estivesse ali dentro naquele papel tão viajado e por mim desejado.
Abri. E como se de um parto fosse, senti alívio. Teu cheiro, a tua cor de ... Canela? Sabão? Azul? Nem sei pois sem ti...
E das letras saíram teus lábios húmidos e um toque de arrepio me fez ver uma bruma em lugar de palavras. Pois chorava e chorei de emoção. O nosso amor inocente, calmo, sem paixões e sem palavras proibidas como sempre fomos, ali estava. Era a prova deste sentir sem haver, deste falar sem nos vermos e de amor tão profundo. Só eu e tu sabemos porque não enlouquecemos neste tumulto de dor em que vives.
Mas esta carta era diferente da que esperava. Pois não é que...
A tua ideia feliz de me enviares os teus lábios marcados numa folha e onde se lia apenas “ESTÁS PARA SEMPRE EM MEU CORAÇÃO”. Mas...mas que ideia, a tua!? Não é que eram mesmos teus lábios entreabertos no papel de carta?. Meu amor puro, molhara os lábios na almofada de um carimbo!
Mas que loucura.Mas que amor tão diferente. Perdoa a indiscrição.
Sei porque gosto de ti. Porque já vezes sem conta me pergunto que tenho, que temos...de tão pobres que somos? E este foi um dos motivos de nossa aproximação lenta nos meses de nossa ainda amizade: a tua criatividade. Sei que és a outra imagem de mim mas facetada deste amor arco iris, impossível, colorido e que nos ultrapassa e vive intacto nos confins de nossas mentes que felizmente em Liberdade voam.
Obrigada Amigo. Mais uma vez sem falarmos nos encontrámos nas cordas de nosso tecer um não futuro
Agora já quase posso morrer.Tu sabes o que falta apenas: te ver feliz quando vieres fechar meus olhos.
MNB

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