quinta-feira, setembro 08, 2005

Rosereiameu


Rosereiameu

O mar trouxe à terra
Uma areia fina

Poalha de leve espuma

Rendilhado de sonho

A frescura do salgado
Como mosto de lábios

Em ondas de enleio
Em abraços apertados
chamando para a morte

Romeu em seu barco
Casquinha de noz

Com medo da vaga
Cansado dos remos
No coração nada tendo

o sangue saindo sem norte

Era o canto de uma sereia
Foi, mergulhou e nas algas
o receio acabou
porque
ali se amaram
e o mar aplainou.


MNB, Confuso e baralhado

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